domingo, 29 de dezembro de 2013

Meditação Dhammapada



Meditação Conversando com os Nomes do Dhammapada

Existem no Brasil diversas edições do Dhammapada, boas traduções que merecem o nosso estudo e gratidão, pelo ótimo serviço para divulgar o Darma do Senhor Buddha.

Entretanto, nenhuma delas, até a presente data, 29/12/13, apresenta os nomes das pessoas (monges, monjas, leigos, leigas) as quais o Mestre Buda dedicou cada estrofe. São 423 estrofes e quase esse número de nomes, visto que, em alguns casos, a pessoa recebeu mais de uma estrofe de presente.

Por este motivo, nos valemos da edição publicada na Espanha, 2011, ediciones Debolsillo. O compilador foi Juan Mascaro, (1897-1987), professor da Universidade de Barcelona, considerado um dos maiores especialistas em literturas sânscrita e páli. Esta edição recebeu o apoio do Greenpeace como livro “Amigo dos Bosques”.

É uma antiga prática budista nomear os discípulos, a linhagem, a linha do tempo, enviando palavras de agradecimento, mantras, preces, orações, emanando boas vibrações aos nomes listados.

O Sutra Lótus recomenda a cópia dos sutras como excelente exercício espiritual. O leitor pode, portanto, ir seguindo as nossas postagens e escrever na sua edição do Dhammapada o nome do presenteado, na estrofe correspondente.

Aliás, que presentão ! O Senhor Buddha ofertando ao cidadão(ã) uma estrofe destes multimilenares ensinamentos. Você pode também, pedir permissão, em estado de prece, que esta ou aquela estrofe também seja, presenteada a você. Não se esqueça de agradecer e compartilhar (mentalmente) as boas vibrações (energias) com outras pessoas.

Estrofe 1: Capítulo 1 = nome do homenageado: Cakkhupalat Thera.

Prece: Salve amigo, com esta designação Thera, sabemos que você é um graduado monge. Parabéns. Obrigado sempre pelas bênçãos.

Maiores detalhes sobre as mini-biografias destes nomes podem ser encontradas em www.palikanon.com  e em outros importantes sáites internacionais.




sábado, 14 de dezembro de 2013

Literatura Chinesa Antiga



Hotei, precursor de Papai Noel ?

Hotei viveu na antiga China, quando o Budismo era muito forte por lá, no período Dinastia Tang (618-904).

Era muito alegre, feliz na sua condição de monge-professor andarilho. Andava com um saco às costas, carregando os pertences (naquele tempo não tinha a mochila como hoje).

Estabeleceu o primeiro jardim de infância das ruas, que se tem notícia, e ensinava à meninada as primeiras letras.

Com esta bela atitude, as pessoas começaram a lhe ajudar financeiramente, então ele comprava, doces e frutas para distribuir, como se fosse merenda escolar. (Quem sabe reside aí, culto semelhante aos jovens católicos São Cosme e São Damião = escrevo isso com todo respeito aos que discordam).

Tornou-se popular, Hotei era obeso e bonachão, brincalhão, incorporou os princípios da caridade e ajudava sempre que podia. Surgiu assim a devoção ao Buda Gordo e Sorridente, note que em algumas imagens existem crianças em volta dele todas contentes. No Sutra Lótus se afirma que todos somos Budas. Não confunda com o Buda histórico Sidarta Gautama, da Índia, século VI antes da era comum, também conhecida como antes de Cristo.

Com o passar do tempo os praticantes começaram a colocar os “sonhos, projetos de vida, visualizações de melhoria” no saco, e começaram a dizer que era milagroso aquela primordial forma de mochila. Mentalmente, simbolicamente Hotei agradecia, pegava o “sonho” da pessoa e, em preces e mantras, guardava no saco para mais adiante as divindades concretizarem.

Não se sabe quando nasceu, quando morreu, nem precisa, continua vivo em todo o mundo em diversas linhagens: na entrada do belo Templo Budista Zu Lai, em Cotia-SP, encontramos sua imagem em pedra (no Budismo, a pedra, o mineral, é um ser vivo em potencial) que veio de Taiwan; nos dojos (templos) da Mahikari, em diversos países, vemos sua imagem nos altares, Hotei é reverenciado na forma da Energia de Izunomê, a poderosa divindade que materializa, concretiza aquilo que queremos, precisamos, desejamos.

O Budismo Mahayana Indiano tinha, já na antiguidade, uma divindade da prosperidade chamada Mahakala/Khumbira, que andava com um saco às costas, em sânscrito Kubhera ou Kuvera. O Budismo/Shintoísmo japonês adotou esta Energia e passou a chamar de Kompira.

Na cidade de Mirandópolis, SP, há um santuário dedicado a Kompira = Deus que protege as Leis do Budismo. No Japão, existem 700 templos em homenagem a Kompira que se tornou o protetor dos marinheiros e navegantes. Ora... somos todos navegantes pela vida e assim Ele também nos protege, e... navegamos pela internet, vamos pedir então que Kompira... Hotei nos proteja nas boas conexões da web.

Mentalmente, visualmente, você pode e deve pedir que o Espírito Hotei coloque no saco das boas realizações os seus projetos  e a Energia realizadora de  Izunomê/Kompira/Kubhera/Kuvera/Khumbira/Mahakala se encarrega de atender mediante os méritos de cada um, às vezes demora.

Importante lembrar que Khumbira é um dos 12 assessores de Yakushi Nyorai (em japonês) ou Bhaishagyaguru (em sânscrito), em português Buda da Medicina, Buddha da Saúde, Boddhisatva dos Remédios que dirige um exército de luz com 7 mil espíritos amigos.

No Budismo Social, no dia 19 de janeiro próximo é o “Dia do Buda da Medicina”, e no dia 20 de janeiro, “Dia de Khumbira”.

Com eles, amigos, vamos construir um belo 2014.

Fonte: Zen Flesh, Zen Bones (carne zen, ossos zen). Tradução em português: Histórias Zen compiladas por Paul Reps, editora Teosófica, 1999.