domingo, 29 de dezembro de 2013

Meditação Dhammapada



Meditação Conversando com os Nomes do Dhammapada

Existem no Brasil diversas edições do Dhammapada, boas traduções que merecem o nosso estudo e gratidão, pelo ótimo serviço para divulgar o Darma do Senhor Buddha.

Entretanto, nenhuma delas, até a presente data, 29/12/13, apresenta os nomes das pessoas (monges, monjas, leigos, leigas) as quais o Mestre Buda dedicou cada estrofe. São 423 estrofes e quase esse número de nomes, visto que, em alguns casos, a pessoa recebeu mais de uma estrofe de presente.

Por este motivo, nos valemos da edição publicada na Espanha, 2011, ediciones Debolsillo. O compilador foi Juan Mascaro, (1897-1987), professor da Universidade de Barcelona, considerado um dos maiores especialistas em literturas sânscrita e páli. Esta edição recebeu o apoio do Greenpeace como livro “Amigo dos Bosques”.

É uma antiga prática budista nomear os discípulos, a linhagem, a linha do tempo, enviando palavras de agradecimento, mantras, preces, orações, emanando boas vibrações aos nomes listados.

O Sutra Lótus recomenda a cópia dos sutras como excelente exercício espiritual. O leitor pode, portanto, ir seguindo as nossas postagens e escrever na sua edição do Dhammapada o nome do presenteado, na estrofe correspondente.

Aliás, que presentão ! O Senhor Buddha ofertando ao cidadão(ã) uma estrofe destes multimilenares ensinamentos. Você pode também, pedir permissão, em estado de prece, que esta ou aquela estrofe também seja, presenteada a você. Não se esqueça de agradecer e compartilhar (mentalmente) as boas vibrações (energias) com outras pessoas.

Estrofe 1: Capítulo 1 = nome do homenageado: Cakkhupalat Thera.

Prece: Salve amigo, com esta designação Thera, sabemos que você é um graduado monge. Parabéns. Obrigado sempre pelas bênçãos.

Maiores detalhes sobre as mini-biografias destes nomes podem ser encontradas em www.palikanon.com  e em outros importantes sáites internacionais.




sábado, 14 de dezembro de 2013

Literatura Chinesa Antiga



Hotei, precursor de Papai Noel ?

Hotei viveu na antiga China, quando o Budismo era muito forte por lá, no período Dinastia Tang (618-904).

Era muito alegre, feliz na sua condição de monge-professor andarilho. Andava com um saco às costas, carregando os pertences (naquele tempo não tinha a mochila como hoje).

Estabeleceu o primeiro jardim de infância das ruas, que se tem notícia, e ensinava à meninada as primeiras letras.

Com esta bela atitude, as pessoas começaram a lhe ajudar financeiramente, então ele comprava, doces e frutas para distribuir, como se fosse merenda escolar. (Quem sabe reside aí, culto semelhante aos jovens católicos São Cosme e São Damião = escrevo isso com todo respeito aos que discordam).

Tornou-se popular, Hotei era obeso e bonachão, brincalhão, incorporou os princípios da caridade e ajudava sempre que podia. Surgiu assim a devoção ao Buda Gordo e Sorridente, note que em algumas imagens existem crianças em volta dele todas contentes. No Sutra Lótus se afirma que todos somos Budas. Não confunda com o Buda histórico Sidarta Gautama, da Índia, século VI antes da era comum, também conhecida como antes de Cristo.

Com o passar do tempo os praticantes começaram a colocar os “sonhos, projetos de vida, visualizações de melhoria” no saco, e começaram a dizer que era milagroso aquela primordial forma de mochila. Mentalmente, simbolicamente Hotei agradecia, pegava o “sonho” da pessoa e, em preces e mantras, guardava no saco para mais adiante as divindades concretizarem.

Não se sabe quando nasceu, quando morreu, nem precisa, continua vivo em todo o mundo em diversas linhagens: na entrada do belo Templo Budista Zu Lai, em Cotia-SP, encontramos sua imagem em pedra (no Budismo, a pedra, o mineral, é um ser vivo em potencial) que veio de Taiwan; nos dojos (templos) da Mahikari, em diversos países, vemos sua imagem nos altares, Hotei é reverenciado na forma da Energia de Izunomê, a poderosa divindade que materializa, concretiza aquilo que queremos, precisamos, desejamos.

O Budismo Mahayana Indiano tinha, já na antiguidade, uma divindade da prosperidade chamada Mahakala/Khumbira, que andava com um saco às costas, em sânscrito Kubhera ou Kuvera. O Budismo/Shintoísmo japonês adotou esta Energia e passou a chamar de Kompira.

Na cidade de Mirandópolis, SP, há um santuário dedicado a Kompira = Deus que protege as Leis do Budismo. No Japão, existem 700 templos em homenagem a Kompira que se tornou o protetor dos marinheiros e navegantes. Ora... somos todos navegantes pela vida e assim Ele também nos protege, e... navegamos pela internet, vamos pedir então que Kompira... Hotei nos proteja nas boas conexões da web.

Mentalmente, visualmente, você pode e deve pedir que o Espírito Hotei coloque no saco das boas realizações os seus projetos  e a Energia realizadora de  Izunomê/Kompira/Kubhera/Kuvera/Khumbira/Mahakala se encarrega de atender mediante os méritos de cada um, às vezes demora.

Importante lembrar que Khumbira é um dos 12 assessores de Yakushi Nyorai (em japonês) ou Bhaishagyaguru (em sânscrito), em português Buda da Medicina, Buddha da Saúde, Boddhisatva dos Remédios que dirige um exército de luz com 7 mil espíritos amigos.

No Budismo Social, no dia 19 de janeiro próximo é o “Dia do Buda da Medicina”, e no dia 20 de janeiro, “Dia de Khumbira”.

Com eles, amigos, vamos construir um belo 2014.

Fonte: Zen Flesh, Zen Bones (carne zen, ossos zen). Tradução em português: Histórias Zen compiladas por Paul Reps, editora Teosófica, 1999.

sábado, 30 de novembro de 2013

Escolas Budistas Históricas



Linhagens Budistas Japonesas


1) HOSOSHU = fundador: Dosho (629-700); Buda consagrado: Rushana, Shaka Nyorai, Yakushi Nyorai (Buda da Medicina).

2) KEGONSHU = fundador: Doei (702-760); Buda consagrado: Shakamuni, Birusana, Grande Buda de Nara (cidade de Nara).

3) RI ’ SHU = fundador: Ganshin (688-763); Buda consagrado: Shaka Nyorai, Rushana.

4) TENDAISHU = fundador: Saityo (767-822); Buda consagrado: Shaka Nyorai, Yakuishi Nyorai, Dainiti Nyorai (Vairocana).

5) SHINGONSHU = fundador: Kukai (774-835); Buda consagrado: Dainichi Nyorai (Maha Vairocana).

6) YUZUNEMBUTSUSHU = fundador: Ryonin (1073-1132); Buda consagrado: Amida Nyorai (Amithaba).

7) JODOSHU = fundador: Genku (1132-1212); Buda consagrado: Amida Nyorai (Amithaba).

8) RINZAISHU = fundador: Eisai (1141-1215); Buda consagrado: Shaka Nyorai.

9) SHINSHU = fundador: Shinran (1173-1262); Buda consagrado: Amida Nyorai (Amithaba).

10) SODOSHU (Sotô) = fundador: Dogen (1200-1253); Buda consagrado: Shaka Nyorai.

11) NITIRENSHU = fundador: Nichiren (1222-1282); Buda consagrado: Shaka Nyorai, Dai Mandara (Mandala = Gohonzon).

12) JISHU = fundador: Inguen (1592-1673); Buda consagrado: Amida Nyorai (Amithaba).

13) OBAKUSHU = fundador: Doguen (1200-1253); Buda consagrado: Shaka Nyorai.

- o quadro acima foi publicado na revista Sukyo Mahikari, nº 200, novembro de 2013.




























domingo, 10 de novembro de 2013

Sutra Lótus




Terceira Estrofe

“com as quais a terra
Se aformoseia por toda parte
E as Quatro Assembléias se regozijam;
E todo este mundo treme de seis maneiras,
De forma temível”.

Comentário:

Que belo verbo, no segundo verso: “aformosear” = embelezar. Esta é uma prática de meditação bonita: visualizarmos a Terra, o planeta todo belo, em paz, crescendo e se desenvolvendo de forma equânime. Evoluindo em paz.

As Quatro Assembléias são os monges, monjas, leigos e leigas e, naturalmente os milhares de seres invisíveis que acompanham os praticantes budistas: protetores, espíritos de Luz, bodhisatvas, que são anjos, serafins, querubins etc. Eis aqui outra forma de meditação = visualizarmos chuvas de pétalas espirituais douradas, prateadas, multicoloridas, perfumadas, perfumosas e perfumando todo o universo, caindo sobre estas pessoas e estes seres, abençoando-os infinitamente.

As seis maneiras são as seis direções do Universo: norte, sul, leste, oeste, nadir (centro da terra) e zênite (o infinito acima no céu, firmamento). Mais uma forma de meditação: reverenciar os quatro pontos cardeais e os dois complementares, curvando-se respeitosamente para cada uma dessas direções cumprimentando-os os Quatro Grandes Reis Celestes do Norte, do Sul, do Leste e do Oeste. No centro da Terra temos Espíritos que cuidam dessas regiões e no alto temos o próprio Senhor Buddha Primordial e seus santos e iluminados discípulos.

Vejam, uma pequena estrofe, mas implicitamente com tanta Luz a partir das meditações/visualizações/vivências recomendadas.

domingo, 3 de novembro de 2013

Sutra Lótus



Segunda Estrofe

“Os Deuses, muito felizes, deixam cair flores,
Uma grande chuva de flores douradas,
Prateadas, multicoloridas, divinas
Mescladas com pó de sândalo,
Perfumadas, deliciosas, espirituais.”

Deuses são Espíritos de Luz, Anjos, Querubins, Serafins. Na linguagem búdica chamamos Devas, cuja tradução = Deuses. Com letra maiúscula pois é uma questão de hierarquia espiritual. São Seres Divinos, Seres Celestiais e aqui manifestamos nossa gratidão pelos ensinamentos, pelas proteções, pelas amizades.

A segunda estrofe também apresenta uma forma de meditação. Quando o leitor estiver triste, preocupado, tenso ou algo semelhante, mentalize uma chuva de pétalas e flores como descrita acima e você feliz e contente no meio dessa chuva, abençoando-lhe a alma, diminuindo o carma negativo e aumentando o carma positivo.

A referência ao sândalo é um clássico ensinamento do Senhor Buddha: devemos ser como a planta sândalo, perfumada, agradável... e mesmo quando é cortada por um machado, o aroma espiritual fica na lâmina que decepou a árvore. É um total ensinamento de Compaixão.

Prece: Queridos Espíritos de Luz, Veneráveis Amigos Espirituais, somos eternamente gratos a vocês que nos proporcionam diariamente estas chuvas de pétalas. Por favor, que estas chuvas também sejam direcionadas para... fulano/fulana que está precisando, ou aquele local de trabalho... de estudo...etc.

É recomendável sempre este diálogo com os nossos Guias. São Energias do Bem, prontas para nos ajudar em qualquer situação. Chame-as, invoque-as, elas gostam de servir, esta é a função delas. Elas se sentem felizes e completas sendo convidadas a nos ajudar.

Doravante, andaremos sempre na companhia abençoada dessas Energias Sublimes que nos cercam e protegem.

sábado, 2 de novembro de 2013

Oração de Cura



Lição de Altruísmo

A linhagem Ciência da Felicidade (Happy Science) que aproxima Budismo e Cristianismo, fundada no Japão no século XX, criou uma escola para crianças pobres na Índia. São quase 2 mil alunos e todos os dias pela manhã, os alunos reúnem-se no pátio para fazer uma oração de cura escrita pelo patriarca Ryuho Okawa.

É uma região muito carente da Índia, perto não tem hospital e assim, meninos e meninas, através da fé, vão fortalecendo o organismo.

A informação está no livro “O Caminho da Felicidade – Torne-se um anjo na Terra”, mais uma obra do consagrado autor japonês Ryuho Okawa, recém publicado em nosso país. Entre outras ele conta as visitas e palestras que proferiu em São Paulo, Sorocaba e Jundiaí, quando nos visitou em 2010.

A escola na Índia é uma forma de agradecer ao Senhor Buddha Primordial, no século VI antes de Cristo, antes da Era Comum, Ele se manifestou através de seu invólucro material, Sidarta Gautama.

Mais de 1 mil livros publicados e 100 milhões de exemplares em diversos idiomas, Okawa faz toda essa produção editorial através de psicografia e palestras em diferentes partes do mundo.







quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Perfeita Liberdade



Perseverança Luminosa

Chamo de PL – Perseverança Luminosa, o estudo dos ensinamentos e a prática da PL, a linhagem japonesa também conhecida pelo seu nome internacional Perfect Liberty.

Fundada por um monge zen-budista da corrente Obáku e portanto inspirada no Budismo, encontramos postulados muito parecidos.

Por exemplo, hoje, dia 30, a Diretriz, em seu calendário de 2013 afirma: “Ao ouvir, concentre-se de corpo e alma. No momento de ouvir, direcione-se para a pessoa e ouça com total atenção, esforçando-se para compreender o sentimento contido em suas palavras”.

O ideal é vivenciarmos a plena atenção 24 horas, aplicando-a em tudo. A forma boa de nos concentrarmos neste caso é não desviar a atenção enquanto ouvimos a pessoa, não pensar em outras coisas. Assim, vamos verificar que cada palavra pronunciada ou pensada é carregada de sentimento, de sentimento, de vibração, de Energia.

Teremos uma interação com quem conversamos, exercitaremos a sabedoria do ouvir e compreenderemos, vivenciaremos o diálogo.

Meditação de Plena Atenção. Preste atenção na sua respiração, naquilo que você faz, naquilo que você pensa, naquilo que você fala.

Veja no acima o Esforço Correto que o Buda ensinou. No Caminho Óctuplo Budista entendemos Compreensão Correta como Iluminação.

Aliás, percebi, descobri que a Força da PL que tantos falam vem dos antepassados dos mestres e fundadores da PL, entre os quais, um antepassado maravilhoso chamado Sidarta Gautama, o Buda.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Budismos nas Ladeiras



Monja Coen em Santa Teresa

Na sexta-feira, 18/10/13, no Largo das Neves, bairro de Santa Teresa, RJ, a monja e escritora Coen Sensei (Mestra) visitou o Templo Zen local.

Na ocasião a professora doutora Andréa Copeliovitch, do Departamento de Artes da UFF – Universidade Federal Fluminense, em Niterói, tomou os votos e refúgio budista na linhagem da Reverenda Coen. Foi uma cerimônia muito bonita. Andréa, que também é atriz, realizou no dia anterior, no MAC, Museu de Arte Contemporânea, o Primeiro Congresso Budista, que se tem notícia no Brasil, até prova em contrário, se souberem de outro, por favor nos avise. O evento chamou-se “Arte, Budismo e Pensamento” realizado com o aval de uma conceituada universidade federal.

No final dessa memorável sexta-feira, Venerável Coen, esteve na Igreja Anglicana São Paulo Apóstolo, no citado e aprazível bairro carioca, proferindo a palestra sobre os “Quatro Encontros Fundamentais na vida de Sidarta Gautama”. Quando ele encontrou um idoso, um doente, um morto e por fim um asceta, elaborando a partir daí as bases da Filosofia Budista.

Mais adiante, os pronunciamentos do referido Simpósio serão transformados em livro.

E assim, o bairro de Santa Teresa vai tendo uma característica interessante: Nos anos 1960 teve início a construção da Sociedade Budista do Brasil, de orientação Theravada. Hoje temos um Templo Zen do Brasil. Funcionando em uma residência, um grupo da Soka Gakai. Durante décadas, enquanto viveu, tivemos o monge Terra Pura Dr. Murilo Nunes de Azevedo; Antonio Carlos Rocha, este que vos escreve,  pertence a HBS – Budismo Primordial, mora no bairro há mais de 40 anos; durante algum tempo, nos anos 1970, quem residiu no bairro foi o professor doutor Rogel Samuel, primeiro representante no Brasil da linhagem budista tibetana Sákya.

Convém lembrar que nos anos 1980/1990 existiu o Instituto de Yoga e Meditação Budista, dirigido pela professora Eloah Esteves e, entre outras atividades, trouxe para palestras o Lama Michel Rinpoche, o monge Soto Zen brasileiro Paulo César, que reside há mais de quatro décadas no Japão e o Lama tibetano Gangchen.

Já que o tema é Memória, citemos Sua Santidade o Dalai Lama, em 1992, quando visitou o Brasil pela primeira vez hospedou-se no final da Estrada Dom Joaquim Mamede, onde ficava a antiga casa do Cardeal Arcebispo do RJ, Dom Eugênio Sales, e também, no nº 45, a Vihara Theravada.

Lama Padma Santen, outro grande budista brasileiro que já se hospedou no bairro.

Nos anos 1990, o primeiro grupo de Meditação Vipássana, linhagem Goenka, ficava na Rua Áurea.

Por fim... descendo as ladeiras de Santa Teresa para os lados do Catete, lembraremos que nos anos 1920, foi criada a Primeira Loja Teosófica Budista.




segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Goenkaji faz a passagem



Goenkaji faleceu

Goenkaji é uma forma carinhosa como os alunos chamavam o professor de Meditação Vipássana, Sathya Narayan Goenka.

Soubemos que nesta manhã, 30/09/13, ele descansou tranquilamente em sua casa, na Índia. Tinha mais de 90 anos.

A informação nos foi passada pelo professor Arthur, coordenador de Meditação Vipássana na América Latina.

Discípulo do grande professor leigo U Ba Khin, nascido na antiga Birmânia, hoje Miammar, que resgatou essa antiga forma de Vipássana (existem outras), assim Goenka falou sobre o seu preceptor :

“U Ba Khin foi uma jóia entre os homens. Foi meu nobre mestre, quem me ensinou a arte de uma vida saudável. Ele seguirá brilhando como uma estrela resplandecente na galáxia de mestres, desde o Buddha até o presente e o futuro”.

O texto acima está no livro “El Tiempo de Vipassana há llegado – Tributo a la vida ejemplar y al inconmensurble legado del Maestro laico Sayagyi U Ba Khin”. Publicado na Espanha e distribuído pelo grupo de Miguel Pereira, RJ.

Da mesma forma... dizemos sobre o professor Goenkaji.






quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Mantra in Caxias



Kuan Yin na Baixada Fluminense

Outro dia, no centro de Duque de Caxias, RJ, entrei em uma pastelaria chinesa para fazer um lanche.

Escolhi dois banquinhos de balcão, sentei em um e coloquei a mochila no outro. Estava saboreando o referido pastel de queijo quando vejo na parede um pequeno e bonito pôster em Mandarim, do tamanho de uma revista semanal.

Sorri felicíssimo. Apontei para a imagem e com fé exclamei alto: “Namo Kuan Shi Yin Pu Sa”, que significa: “Eu me refugio em Kuan Yin, a Bodhisatva da Misericórdia”.

Surpresa a chinesinha do caixa, com sotaque, perguntou: “Como você sabe?”

“Eu sou budista há mais de 40 anos e devoto de Kuan Yin” – respondi.

Indicando os familiares que cuidavam da pastelaria ela respondeu: “Nós também !”

Recentemente a próspera cidade de Duque de Caxias, completou 210 anos, em 25 de agosto último. Que as bênçãos dessa maravilhosa Bodhisatva da Compaixão e da Misericórdia estejam com os moradores, amigos, visitantes e todos os que lá trabalham ... eu.

Um dos capítulos do glorioso Sutra Lótus conta a história e os milagres desta divindade budista.

“A mãe de todos os Budas”. Não apenas os Tatághatas iluminados, mas também nós, aprendizes do Caminho Óctuplo.



sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Budismo Laico



Revista Budista On Line em Português

Já está na web a edição de setembro da ótima publicação “Shan-Zai”, da linhagem budista japonesa Risho Kossei Kai. Tem como base o Sutra Lótus.

A partir deste nosso blog, veja no link, à direita, e acesse Risho Kossei Kai do Brasil. Ao abrir a página é só procurar a coluna da esquerda e deparar-se com a revista. Veja as várias línguas onde é editada e estude com afinco a portuguesa.

Outro livro importante para a RKK é “O Budismo para o Homem de Hoje – Comentários ao Tríplice Sutra Lótus”, autoria do fundador Nikkyo Niwano (1906-1999). São 536 páginas explicando todos os 28 capítulos do Sutra Lótus.

A apresentação é do professor doutor em História pela USP e reverendo monge da linhagem Terra Pura (Hongangi), Mário Ricardo Gonçalves, pesquisador do Instituto Budista de Estudos Missionários, ligado à citada linhagem.

Com muita sabedoria, o professor Ricardo fala da Gnose Budista e afirma que “O Sutra Lótus aparece assim como um dos grandes textos sagrados da humanidade” e que Buda desenvolveu uma “pedagogia espiritual”.

A RKK é um Budismo Laico e por isso vem despertando muito interesse neste século XXI.


quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Lua Budista de Setembro



Potthapada Puja

No calendário budista, que existe há séculos no Sri Lanka, a Lua Cheia do mês de Setembro tem uma significação especial:

“Celebramos um famoso acontecimento na vida do Buddha, quando ele foi alimentado por animais na floresta. O episódio pode ser visto como uma lembrança da forma como o Budismo se relaciona intimamente com todas as formas de vida”.

O parágrafo acima me foi passado pelo amigo Zomar Pontes Ramos, ex-presidente da antiga Sociedade Budista do Brasil (fundada em 1923, no Catete-RJ, como Loja Teosófica Budista) e antiga Sociedade Teosófica no Brasil.

Zomar esteve no Sri Lanka como o monge Venerável Dr. Puhulwelle Vipassi, já falecido, nascido naquele país tradicionalmente budista.

Zomar, também falecido, era iniciado na AOBO – Amigos da Ordem Budista Ocidental, como nome Sanghadarshin. Foi ordenado em Londres pelo próprio Sangharakshita, patriarca da linhagem.

O plenilúnio de setembro foi às 08:13 da manhã de hoje, 19/09/2013.

Este calendário tem como base as atividades presentes no livreto: “A Buddhist Manual”, do também nascido no Sri Lanka, Venerável monge Dr. H. Saddhatissa. O livrinho foi publicado pela British Mahabodhi Society, anos 1960.

É por isso que há uma declaração do Zen que afirma: “Árvores, montanhas, terra, ... ecossistema” tudo é Buddha.

O vocábulo “ecossistema” é uma adaptação contemporânea.

Gratidão a todos os seres vivos.



domingo, 1 de setembro de 2013

Fé = Inteligência



Adhimukti

Vejam que interessante. Logo no primeiro capítulo do Sutra Lótus, texto sagrado budista que no século II antes de Cristo, século II antes da Era Comum, já estava pronto, isto é, já era conhecido e recitado por muitos daquela época, lemos que a palavra em sânscrito “Adhimukti” pode ser traduzida por fé, inicialmente. Mas também pode ser traduzida como inteligência, compreensão, agudeza de espírito, confiança, inclinação, abertura mental, receptividade.

O início da palavra lembra o Adhi-Buddha, o Buda Primordial, o Criador Infinito, que sempre existiu e vai existir por toda a eternidade. Difícil definir.

Então Adhimukti é uma Fé Primordial. Fé Originária, bem diferente da chamada fé cega, fé fanática. É uma fé com sabedoria, com discernimento. Fé criativa. Fé racional. Fé madura.

A segunda parte da palavra lembra o sânscrito “Mukta” que significa: libertação, emancipação. Portanto, temos uma libertação Primordial , uma emancipação Primeva.

E por que Fé é sinônimo de Inteligência? Porque o próprio Buda disse, certa feita: “Não existe o mal, não existe o bem. O que existe é o Conhecimento e a Ignorância. O conhecimento vai nos fazer felizes com os seus desdobramentos e a ignorância vai nos fazer sofrer com as suas conseqüências”.

Logo, precisamos de muita plena atenção para termos a devida coragem de escolher o Caminho do Bem, nem sempre é fácil. Alguém pode perguntar: não existe o Bem? Claro que existe, é só entender o sentido figurado que o Senhor Buddha ensinou.

A Libertação é Primordial, porque através do Caminho do Meio, o Caminho que o Senhor Buddha nos transmitiu através de sua Doutrina, nos libertamos das mazelas, dos maus karmas desde o início dos tempos... 

Budismo de Fé = Budismo Inteligente.                 

Fonte: Sutra Lótus, edição apoiada pela corrente Reiyukai = Budismo Mahayana japonês.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Tempo de Vipássana , Goenkaji



Vipássana – Goenka – Espanha

Recebi ontem o ótimo livro “El Tiempo de Vipassana ha Llegado”, obra que tem como subtítulo: “Tributo a la vida ejemplar y al inconmensurable legado del Maestro laico  Sayagyi U Ba Khin”, 250 páginas, publicado por  Editorial Metta, www.spanish.dhamma.org    o grupo brasileiro sediado em Miguel Pereira, RJ, já está encarregado da tradução, possivelmente sairá no próximo ano.

Vejamos os tipos de budistas, descritos nas páginas  176,177,178:

1) bhaya – aquele que é budista porque tem algum tipo de medo, teme os perigos e quer se proteger;
2) labha – budista de resultados, quer algum tipo de gratificação material ou espiritual;
3) kula – a pessoa que é budista porque nasceu em lar budista;
4) saddha – budista devocional, prioriza a fé.

Existem também os budistas que:

a) pretendem se libertar ao longo desta vida;
b) aqueles que acumulam virtudes para:

1) tornarem-se Buddha (iluminação através do auto-esforço)
2) tornarem-se pacceka Buddha (iluminado solitário, silencioso que não ensina ninguém)
3) agga savaka (discípulo principal)
4) maha savaka (discípulo ilustre)
5) arahat (ser liberado que destruiu impureza mentais)

Os que pretendem libertar-se nesta vida, tem quatro etapas:

a) ugghatitannu – o praticante que encontra o Buddha em pessoa e só ouve os ensinamentos;
b) vipancitannu – praticante que obtém frutos quando já estudou um pouco do Dhamma.
c) neyya – budista que obtém a capacidade de alcançar a Senda e os frutos mediante retiros longos de dias, meses e anos;
d) padaparama – praticante dedicado que segue o Caminho Óctuplo.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Vigília Budista na Web



VVV – Vigília Vassa Virtual

O Dicionário Houaiss informa que “vigília: condição de quem está desperto, acordado, estado de quem vela... concentração mental, reflexão, meditação.”  e  “vigilância: cuidado, prudência, capacidade de concentração, estar acordado, alerta, atenção, diligência”.

Me fez lembrar do ensinamentos budistas sobre Plena Atenção, a qual podemos praticar 24 horas por dia, mesmo estando dormindo. Dorme-se em meditação, em Plena Atenção e é algo muito importante.

Portanto chamamos de VVV, este período que começou às 22:45 horas do dia 20/08/2013 e vai até a Lua Cheia de novembro vindouro.

Vassa são os retiros, os acolhimentos de três meses que, desde o início da transmissão da Doutrina, os praticantes utilizam para aprimoramento.

É virtual, pois iremos divulgar diversos textos do Senhor Buddha, para refletirmos nestes maravilhosos ensinamentos.

Vassa é a estação das chuvas, lembrando que, na antiguidade os monges budistas, ascetas leigos  eram andarilhos.

Hoje podemos “ler” como Chuvas de Bênçãos que cairão sobre nós, a partir dos trechos das Escrituras Búdicas comentadas neste blog.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Lua Cheia de Agosto




Savana Puja

“Marca o início dos Retiros Vassa, de menor duração, são três meses”.

O ideal seria de todos os praticantes pudessem a cada ano, ao longo de três meses, dedicarem-se integralmente às práticas meditativas, as 24 horas do dia.

Como isto hoje em dia é impossível, pois todos temos de trabalhar, estudar e afins, podemos criativamente ficar estes três meses em um “estado de retiro”.

Vamos continuar fazendo as nossas atividades costumeiras, mas tendo consciência, tendo plena atenção de que estamos “em retiro”. Neste período vamos diariamente recitar o Pancha Sila, os cinco preceitos e vivenciá-los com toda devoção. Recitar também o “Karaniya Metta Sutta = Amor e Compaixão Universal = o Perfeito Talismã”.

Repetimos que estes ensinamentos nos foram transmitidos pelo nosso bom amigo Zomar Pontes Ramos, Sangadarshin, da AOBO = Amigos da Ordem do Budismo Ocidental, nos anos 1960, quando ele ainda era o antigo presidente da Sociedade Budista do Brasil e vice-presidente da Sociedade Teosófica no Brasil, tendo como base “A Buddhists Manual”, do Venerável Dr. H. Saddhatissa, da British Mahabodhi Society, Londres.

Amanhã, 20/08/13, é a Lua Cheia, o plenilúnio está previsto para às 22:45 horas. Então neste momento faça um compromisso consigo mesmo, com os Buddhas, com os Devas, com os Bodhisatvas e comece o seu auto-retiro (autorretiro). Não precisa alardear, não precisa chamar a atenção, não precisa dizer para ninguém. Faça o seu autorretiro trabalhando normalmente, estudando normalmente. Só você e os Seres Divinos sabem. Contudo, poderá, se quiser, falar para os seus parentes e amigos, mas sem divulgar muito.

A seguir o Puja (Liturgia) completa. Os que desejarem podem fazer cada dia uma parte, conforme sugerido:

PUJA – Cerimônia Budista
Culto em Língua Páli e em Português

HOMENAGEM (Vandana) = Domingo
Namo Tassa Bhagawato Arahato Sammá Sambuddhassa
Adoração a Ele, o Abençoado, o Perfeito, o Supremo Iluminado (repetir 3 vezes).

Os Três Refúgios (Tisarana) = Segunda-Feira
Buddham Saranam Gacchami
Eu me refugio em Buda.

Dhammam Saranam Gacchami
Eu me refugio no Dhamma.

Sangham Saranam Gacchami
Eu me refugio na Sangha.

Dutiyampi Buddham Saranam Gacchami
Pela segunda vez, eu me refugio em Buda.

Dutiyampi Dhammam Saranam Gacchami
Pela segunda vez, eu me refugio no Dhamma

Dutiyampi Sangham Saranam Gacchami
Pela segunda vez, eu me refugio na Sangha.

Tatiyampi Buddham Saranam Gacchami
Pela terceira vez, eu me refugio em Buda.

Tatiyampi Dhammam Saranam Gacchami
Pela terceira vez, eu me refugio no Dhamma.

Tatiyampi Sangham Saranam Gacchami
Pela terceira vez, eu me refugio na Sangha.

OS CINCO PRECEITOS (Pancha Sila) = Terça-Feira

Panatipata veramani sikkha padam samadhiyami
Sigo o preceito de evitar matar

Adinnadana veramani sikkha padam samadhiyami
Sigo o preceito de evitar roubar

Kamesu micchacara veramani sikkha padam samadhiyami
Sigo o preceito de evitar relações sexuais ilícitas.


Musavada veramani sikkha padam samadhiyami
Sigo o preceito de evitar mentir.

Surameraya-majja pamadatthana veramani sikkha padam samadhiyami
Sigo o preceito de evitar tóxicos, que causa a embriaguez e a má conduta.

Saudação ao Buda = Quarta-Feira

Iti`pi so bhaghava, araham, samma, sambuddho, vijjacarana-sampano,
Sugato, lokavidu, anuttaro purisadhamma-sarati, satta
Devamanussanam, Buddho, bhagavati.
Buddham jivita-pariyantam saranam gacchami.
Ye ca Buddha atitaca, ye ca Buddha anagata. Paccuppanna-ca ye
Buddha, aham vandami sabbada.
N`atthi me saranam annam, Buddho me saranam varam. Etena
Saccavajjena-hotu me jaya mangalam.
Uttamangena vandeham-padapam su-varuttamam, Buddheyo Kalito
Doso-Buddho khamatutam mamam.

E assim, o Abençoado, o Imaculado, o Supremo Iluminado, por si mesmo dirigido e sendo capaz de dirigir os outros na senda da

Iluminação, dotado do saber e da virtude, com palavras, ações e pensamentos corretos, conhecedor de todos os mundos e de todos

Os seres, incomparável conquistador de seres, mestre de deuses e homens, onisciente – é o Glorioso.

Até o fim da minha vida o meu refúgio será Buda.

Os Budas do passado, os Budas do futuro, os Budas do presente, a todos eu adoro !

Somente Buda é meu refúgio ! Pela força desta verdade,

Que eu (fulano...) possa alcançar uma alegre vitória !

Eu rendo homenagem, da mais alta forma, até a poeira dos pés de Buda.

E, se, de alguma forma, cometi faltas para com Ele – que me perdoe !

Saudação ao Dhamma (Doutrina, Caminho, Lei) = Quinta-Feira

Svakkhato bhagawata Dhammo, sanditthiko, akaliko, ehipassiko,
Opanayko, paccattam veditabbo vinnuhiti
Ye ca Dhamma atitaca, y eca Dhamma anagata, paccuppanaca ye
Dhamma, aham vandami sabbada.
N`atthi me saranam annam, Dhammo me saranam varam. Etena
Saccavajjena hotu me jaya mangalam.
Uttamangena vandeham-Dhamman ca tividham varam, dhamm yo
Kalito doso – dhammo kamatutam mamam.

Bem clara é a Doutrina (Dhamma) explicada pelo Mestre; ela deve ser realizada dentro de cada um, em qualquer época, trazendo resultados imediatos; é um convite à investigação que conduz

Ao Nirvana, para ser compreendida pelos sábios, cada um em particular.

Aos Dhammas do passado, aos Dhammas do futuro, e aos Dhammas

Do presente – a todos eu adoro !

Somente o Dhamma é o meu refúgio. Pela força desta verdade

Que eu (fulano ...) possa alcançar uma alegre vitória !

Eu rendo homenagem aos três aspectos supremos do Dhamma. E, se de alguma forma, eu não cumprir o Dhamma, que eu

Possa adquirir os conhecimentos do Dhamma !

Saudação à Sangha (Comunidade dos Monges, Monjas, Leigos e Leigas) = Sexta-Feira

Supatipanno bhagawato savakasangho, ujupatipanno bhagawato
Savakasango, gnayapatipanno bhagawato savakasangho, samicipatipanno
Bhagawato sawakasangho, yadidam cattari purisayugani
Atta purisapuggala esa bhagawato sawakasangho, ahuneyyo,
Pahuneyyo, dakkhineyyo, anjalikaraniyoannuttaram
Punnakkhettam lokassati.
Sangham jivita-pariyantam saranam gacchami
Ye ca sangha atita ca, ye ca sangha anagata. Paccuppannaca
Ye sangha aham vandami sabbada
N`atti me saranam annam sangho me saranam varam etena
Saccavajjena hotu me jaya mangalam
Uttamangena vandeham sangham ca tividottaman sanghe yo
Kalito doso sangho kamatutam maman.

A comunidade dos discípulos de Buda é conduzida no Caminho Correto para vencer a ambição, o ódio e a ilusão. Eles são honestamente conduzidos na autodisciplina para vencer a

Falsidade e a avareza. Com uma conduta sábia eles são autodisciplinados, visando à realização do Nirvana. Com nobreza eles são conduzidos na autodisciplina, par atingir o autocontrole.

A comunidade dos discípulos de Buda – os quatro pares de entidades (“Sotapatti” – O Vencedor; “Sakadagami – O que Retorna Uma Vez”,

“Anagami” – O que Não Volta Mais” e “Arahatta” – O iluminado). Representam as oito entidades que merecem as oferendas, a hospitalidade, os presentes, com o objetivo dos benefícios delas

Resultantes na próxima existência, são também merecedores de Saudação profundamente reverente, pois elas são um incomparável

Campo de mérito para o mundo.

Até o fim da minha vida, o meu refúgio é a Sangha.

As Sanghas do passado, as Sanghas do futuro e as Sanghas do

Presente, a todas eu adoro !

Somente a Sangha é o meu refúgio ! Pela força desta verdade,

Que eu ( fulano...) possa alcançar uma alegre vitória !

Eu rendo a mais alta homenagem ao incomparável aspecto tríplice da Sangha. E se, de alguma forma, cometi faltas

Para com a Sangha – Que me perdoe !

Karaniya Metta Sutta (Sutra do Amor e da Compaixão Universal) = Sábado
1 – Karaniyam attakusalena – yam tam santam padam  abhisamecca
Sakko uju ca suj uca – suvaco c`assa mudu anatimani

2 – Santussako casubharo ca – appakicco ca sallahukavutti
Santindriyo ca nipako ca – appagabbho kulesu ananugiddho

3 – Na ca khuddamsamacare kinci – yena vinnu pare upavadeyyum
Sukhino va khemino hontu – sabbe satta bhavantu sukhitatta

4 – Ye keci panabhutatthi – tasa va thavara va anavasesa
Digha va ye mahanta va – majjhima rassakanukathulla

5 – Dittha va yeva  aditha – ye ca dure vasanti avidure
Bhuta va sambhavesi va – sabbe satta bhavantu sukhitattha

6 – Na paro param nikubbetha – natimannetha katthacinam kamci
Byarosana patighasanna – nannamannassa dukkham iccheyya

7 – Mata yatha niyam puttam – ayusa ekaputtam anurakkhe Evampi sabbabhutesu – manasamb havaye aparimanam

8 – Mettam ca sabba – lokasmim – manasam bhavaye aparimanam Uddham adho ca tiriyanca – asambadham averam asapattam

9 – Tittham caram nisinno va – sayano va yavat assa vigatamiddho Etam satim adhittheyya – brahmam etam viharam idha mahu

10 – Ditthinca anupagamma silava dassanena sampano Kamesu vineyya gedham – na hi jatu gabbhaseyyam punar eti`ti.

Isso deve ser feito a fim de que possamos alcançar o estado de Paz.
Temos que ser corretos, hábeis, firmes, sem orgulho,
Fáceis de contentar, fáceis de falar, suaves,
Facilmente satisfeitos, frugais na maneira de ser,
Sem estar capturados nos torvelinhos.
Com os sentidos acalmados, sem inveja e sem audácia,
Intocados pelas emoções da multidão, evitando atitudes que os sábios reprovam.
(O que se segue deve ser pensamento constante do indivíduo)
Possam todos os seres viverem seguros e felizes
Atingindo por fim, a plena tranqüilidade !
Onde existir um sopro de vida, seja frágil ou forte, de tamanho médio,
Pequeno ou enorme, sem exceções, seja curto ou longo,
Fino ou grosso, visível ou invisível, morando longe ou perto
Aqueles que estão aqui, aqueles que buscam existir,
Possam todos atingir a plena tranqüilidade !
Que ninguém produza a ruína de outrem
Nem de qualquer maneira com seu bem estar interfira
Nem tenha má vontade a qualquer outro
Nascida da provocação ou da inimizade.
Da mesma forma que a mãe arrisca a sua própria vida
Para proteger e amar o seu filho, seu único filho,
Cultivemos um amor sem limite
A todos os que vivem no Universo,
Estendendo a sua ação desde a sublime consciência
Para cima, para baixo, cruzando o mundo,
Livre de ódio e de inimizades, imperturbado.
Enquanto estivermos de pé ou sentados, andando, ou deitados,
Enquanto não chega o sono
Estejamos sempre plenamente atentos !
Esse estado é chamado viver com Deus !
Quando vivermos livres de qualquer ponto de vista,
Virtuosos, com uma introspecção perfeita,
Expulsos de nós os desejos sensoriais,
Certamente não mais voltaremos a qualquer novo ventre.
(Decoremos isto)
QUE TODOS OS SERES ESTEJAM BEM E FELIZES !
O ódio não é pelo ódio vencido
Somente pelo amor é sufocado,
Esta é uma verdade antiga
Até hoje ainda inigualada.

O erro não cometas, somente
Boas ações produzas !
Que o teu coração seja puro !

Esta é a verdadeira Doutrina
Ensinada por todos os Budas
Que para sempre perdura !

O Perfeito Talismã
Este é um Sutra (Sermão) que foi pregado por Buda para um grupo de monges que havia ido a uma floresta perto dos Himalaias para meditar.

Eles se queixaram que os espíritos da floresta os havia perturbado; Buda exortou-os a irradiar bons pensamentos e seguir o caminho explicado no Sutra. Voltaram os monges para a floresta e, seguindo as instruções de Buda, constataram que não havia mais perturbações.

Este Puja é feito para ser carregado nas carteiras, bolsas, pastas escolares. Dentro em pouco ele se tornará um companheiro e um objeto de real utilidade. E assim um Estado de Paz e de Felicidade será alcançado.

Leia-o com frequência. Estude-o. Medite em seu conteúdo. Reflita no significado das palavras. Pratique os Ensinamentos.

Recitá-lo como uma oração antes de provas, concursos e quaisquer outros problemas ou questões é um excelente calmante.

É a energia iluminada de Sidarta Gautama, o Buda fluindo para abençoá-lo. Você pode também fazer a leitura em voz alta ou silenciosamente dedicando-a a uma pessoa que esteja necessitando de cura, de orientação, encorajamento, encaminhamento, nas crises domésticas, entrevistas profissionais, concursos, para quem está com depressão etc. Pode também ser lido em memória de um ente falecido. Você pode marcar um horário e diariamente recitá-lo. O campo e a egrégora que se formam são magníficos.

Boa Sorte ! Boas Energias ! Boas Luzes ! Iluminação é Luz ! Buda é Luz !


A vibração positiva, os fluidos construtivos dessas palavras tem 2550 anos. Ao longo desse tempo bilhões e bilhões de pessoas vem recitando com fé e devoção, por isso é conhecido como um ótimo Talismã.

Transmitido pelo Ven. Piyadassi Maha Thera, monge budista do Sri Lanka, já falecido, que nos anos 60 visitou o RJ.