Savana Puja
“Marca o início dos
Retiros Vassa, de menor duração, são três meses”.
O ideal seria de todos
os praticantes pudessem a cada ano, ao longo de três meses, dedicarem-se
integralmente às práticas meditativas, as 24 horas do dia.
Como isto hoje em dia
é impossível, pois todos temos de trabalhar, estudar e afins, podemos
criativamente ficar estes três meses em um “estado de retiro”.
Vamos continuar
fazendo as nossas atividades costumeiras, mas tendo consciência, tendo plena atenção
de que estamos “em retiro”. Neste período vamos diariamente recitar o Pancha
Sila, os cinco preceitos e vivenciá-los com toda devoção. Recitar também o
“Karaniya Metta Sutta = Amor e Compaixão Universal = o Perfeito Talismã”.
Repetimos que estes
ensinamentos nos foram transmitidos pelo nosso bom amigo Zomar Pontes Ramos,
Sangadarshin, da AOBO = Amigos da Ordem do Budismo Ocidental, nos anos 1960,
quando ele ainda era o antigo presidente da Sociedade Budista do Brasil e
vice-presidente da Sociedade Teosófica no Brasil, tendo como base “A Buddhists
Manual”, do Venerável Dr. H. Saddhatissa, da British Mahabodhi Society,
Londres.
Amanhã, 20/08/13, é a
Lua Cheia, o plenilúnio está previsto para às 22:45 horas. Então neste momento
faça um compromisso consigo mesmo, com os Buddhas, com os Devas, com os
Bodhisatvas e comece o seu auto-retiro (autorretiro). Não precisa alardear, não
precisa chamar a atenção, não precisa dizer para ninguém. Faça o seu
autorretiro trabalhando normalmente, estudando normalmente. Só você e os Seres
Divinos sabem. Contudo, poderá, se quiser, falar para os seus parentes e
amigos, mas sem divulgar muito.
A seguir o Puja
(Liturgia) completa. Os que desejarem podem fazer cada dia uma parte, conforme
sugerido:
PUJA – Cerimônia
Budista
Culto em Língua Páli e em
Português
HOMENAGEM (Vandana)
= Domingo
Namo Tassa Bhagawato
Arahato Sammá Sambuddhassa
Adoração a Ele, o
Abençoado, o Perfeito, o Supremo Iluminado (repetir 3 vezes).
Os Três Refúgios
(Tisarana) = Segunda-Feira
Buddham Saranam
Gacchami
Eu me refugio em Buda.
Dhammam Saranam
Gacchami
Eu me refugio no
Dhamma.
Sangham Saranam
Gacchami
Eu me refugio na
Sangha.
Dutiyampi Buddham
Saranam Gacchami
Pela segunda vez, eu
me refugio em Buda.
Dutiyampi Dhammam
Saranam Gacchami
Pela segunda vez, eu
me refugio no Dhamma
Dutiyampi Sangham
Saranam Gacchami
Pela segunda vez, eu
me refugio na Sangha.
Tatiyampi Buddham
Saranam Gacchami
Pela terceira vez, eu
me refugio em Buda.
Tatiyampi Dhammam
Saranam Gacchami
Pela terceira vez, eu
me refugio no Dhamma.
Tatiyampi Sangham
Saranam Gacchami
Pela terceira vez, eu
me refugio na Sangha.
OS CINCO PRECEITOS
(Pancha Sila) = Terça-Feira
Panatipata veramani
sikkha padam samadhiyami
Sigo o preceito de
evitar matar
Adinnadana veramani
sikkha padam samadhiyami
Sigo o preceito de
evitar roubar
Kamesu micchacara
veramani sikkha padam samadhiyami
Sigo o preceito de
evitar relações sexuais ilícitas.
Musavada veramani
sikkha padam samadhiyami
Sigo o preceito de
evitar mentir.
Surameraya-majja
pamadatthana veramani sikkha padam samadhiyami
Sigo o preceito de
evitar tóxicos, que causa a embriaguez e a má conduta.
Saudação ao Buda =
Quarta-Feira
Iti`pi so bhaghava,
araham, samma, sambuddho, vijjacarana-sampano,
Sugato, lokavidu,
anuttaro purisadhamma-sarati, satta
Devamanussanam,
Buddho, bhagavati.
Buddham
jivita-pariyantam saranam gacchami.
Ye ca Buddha atitaca,
ye ca Buddha anagata. Paccuppanna-ca ye
Buddha, aham vandami
sabbada.
N`atthi me saranam
annam, Buddho me saranam varam. Etena
Saccavajjena-hotu me
jaya mangalam.
Uttamangena
vandeham-padapam su-varuttamam, Buddheyo Kalito
Doso-Buddho khamatutam
mamam.
E assim, o Abençoado,
o Imaculado, o Supremo Iluminado, por si mesmo dirigido e sendo capaz de
dirigir os outros na senda da
Iluminação, dotado do
saber e da virtude, com palavras, ações e pensamentos corretos, conhecedor de
todos os mundos e de todos
Os seres, incomparável
conquistador de seres, mestre de deuses e homens, onisciente – é o Glorioso.
Até o fim da minha
vida o meu refúgio será Buda.
Os Budas do passado,
os Budas do futuro, os Budas do presente, a todos eu adoro !
Somente Buda é meu
refúgio ! Pela força desta verdade,
Que eu (fulano...)
possa alcançar uma alegre vitória !
Eu rendo homenagem, da
mais alta forma, até a poeira dos pés de Buda.
E, se, de alguma
forma, cometi faltas para com Ele – que me perdoe !
Saudação ao Dhamma
(Doutrina, Caminho, Lei) = Quinta-Feira
Svakkhato bhagawata
Dhammo, sanditthiko, akaliko, ehipassiko,
Opanayko, paccattam
veditabbo vinnuhiti
Ye ca Dhamma atitaca,
y eca Dhamma anagata, paccuppanaca ye
Dhamma, aham vandami
sabbada.
N`atthi me saranam
annam, Dhammo me saranam varam. Etena
Saccavajjena hotu me
jaya mangalam.
Uttamangena
vandeham-Dhamman ca tividham varam, dhamm yo
Kalito doso – dhammo
kamatutam mamam.
Bem clara é a Doutrina
(Dhamma) explicada pelo Mestre; ela deve ser realizada dentro de cada um, em
qualquer época, trazendo resultados imediatos; é um convite à investigação que
conduz
Ao Nirvana, para ser
compreendida pelos sábios, cada um em particular.
Aos Dhammas do
passado, aos Dhammas do futuro, e aos Dhammas
Do presente – a todos
eu adoro !
Somente o Dhamma é o
meu refúgio. Pela força desta verdade
Que eu (fulano ...)
possa alcançar uma alegre vitória !
Eu rendo homenagem aos
três aspectos supremos do Dhamma. E, se de alguma forma, eu não cumprir o
Dhamma, que eu
Possa adquirir os
conhecimentos do Dhamma !
Saudação à Sangha
(Comunidade dos Monges, Monjas, Leigos e Leigas) = Sexta-Feira
Supatipanno bhagawato
savakasangho, ujupatipanno bhagawato
Savakasango,
gnayapatipanno bhagawato savakasangho, samicipatipanno
Bhagawato
sawakasangho, yadidam cattari purisayugani
Atta purisapuggala esa
bhagawato sawakasangho, ahuneyyo,
Pahuneyyo,
dakkhineyyo, anjalikaraniyoannuttaram
Punnakkhettam lokassati.
Sangham
jivita-pariyantam saranam gacchami
Ye ca sangha atita ca,
ye ca sangha anagata. Paccuppannaca
Ye sangha aham vandami
sabbada
N`atti me saranam
annam sangho me saranam varam etena
Saccavajjena hotu me
jaya mangalam
Uttamangena vandeham
sangham ca tividottaman sanghe yo
Kalito doso sangho
kamatutam maman.
A comunidade dos
discípulos de Buda é conduzida no Caminho Correto para vencer a ambição, o ódio
e a ilusão. Eles são honestamente conduzidos na autodisciplina para vencer a
Falsidade e a avareza.
Com uma conduta sábia eles são autodisciplinados, visando à realização do
Nirvana. Com nobreza eles são conduzidos na autodisciplina, par atingir o
autocontrole.
A comunidade dos
discípulos de Buda – os quatro pares de entidades (“Sotapatti” – O Vencedor;
“Sakadagami – O que Retorna Uma Vez”,
“Anagami” – O que Não
Volta Mais” e “Arahatta” – O iluminado). Representam as oito entidades que
merecem as oferendas, a hospitalidade, os presentes, com o objetivo dos
benefícios delas
Resultantes na próxima
existência, são também merecedores de Saudação profundamente reverente, pois
elas são um incomparável
Campo de mérito para o
mundo.
Até o fim da minha
vida, o meu refúgio é a Sangha.
As Sanghas do passado,
as Sanghas do futuro e as Sanghas do
Presente, a todas eu
adoro !
Somente a Sangha é o
meu refúgio ! Pela força desta verdade,
Que eu ( fulano...)
possa alcançar uma alegre vitória !
Eu rendo a mais alta
homenagem ao incomparável aspecto tríplice da Sangha. E se, de alguma forma,
cometi faltas
Para com a Sangha –
Que me perdoe !
Karaniya Metta
Sutta (Sutra do Amor e da Compaixão Universal) = Sábado
1 – Karaniyam
attakusalena – yam tam santam padam
abhisamecca
Sakko uju ca suj uca –
suvaco c`assa mudu anatimani
2 – Santussako
casubharo ca – appakicco ca sallahukavutti
Santindriyo ca nipako
ca – appagabbho kulesu ananugiddho
3 – Na ca
khuddamsamacare kinci – yena vinnu pare upavadeyyum
Sukhino va khemino hontu – sabbe satta bhavantu sukhitatta
4 – Ye keci panabhutatthi – tasa va thavara va anavasesa
Digha va ye mahanta va – majjhima rassakanukathulla
5 – Dittha va yeva aditha – ye ca
dure vasanti avidure
Bhuta va sambhavesi va – sabbe satta bhavantu sukhitattha
6 – Na paro param
nikubbetha – natimannetha katthacinam kamci
Byarosana patighasanna
– nannamannassa dukkham iccheyya
7 – Mata yatha niyam
puttam – ayusa ekaputtam anurakkhe Evampi sabbabhutesu – manasamb havaye
aparimanam
8 – Mettam ca sabba –
lokasmim – manasam bhavaye aparimanam Uddham adho ca tiriyanca – asambadham
averam asapattam
9 – Tittham caram
nisinno va – sayano va yavat assa vigatamiddho Etam satim adhittheyya – brahmam
etam viharam idha mahu
10 – Ditthinca
anupagamma silava dassanena sampano Kamesu vineyya gedham – na hi jatu
gabbhaseyyam punar eti`ti.
Isso deve ser feito a
fim de que possamos alcançar o estado de Paz.
Temos que ser
corretos, hábeis, firmes, sem orgulho,
Fáceis de contentar,
fáceis de falar, suaves,
Facilmente
satisfeitos, frugais na maneira de ser,
Sem estar capturados
nos torvelinhos.
Com os sentidos
acalmados, sem inveja e sem audácia,
Intocados pelas
emoções da multidão, evitando atitudes que os sábios reprovam.
(O que se segue deve
ser pensamento constante do indivíduo)
Possam todos os seres
viverem seguros e felizes
Atingindo por fim, a
plena tranqüilidade !
Onde existir um sopro
de vida, seja frágil ou forte, de tamanho médio,
Pequeno ou enorme, sem
exceções, seja curto ou longo,
Fino ou grosso,
visível ou invisível, morando longe ou perto
Aqueles que estão
aqui, aqueles que buscam existir,
Possam todos atingir a
plena tranqüilidade !
Que ninguém produza a
ruína de outrem
Nem de qualquer
maneira com seu bem estar interfira
Nem tenha má vontade a
qualquer outro
Nascida da provocação
ou da inimizade.
Da mesma forma que a
mãe arrisca a sua própria vida
Para proteger e amar o
seu filho, seu único filho,
Cultivemos um amor sem
limite
A todos os que vivem
no Universo,
Estendendo a sua ação
desde a sublime consciência
Para cima, para baixo,
cruzando o mundo,
Livre de ódio e de
inimizades, imperturbado.
Enquanto estivermos de
pé ou sentados, andando, ou deitados,
Enquanto não chega o
sono
Estejamos sempre
plenamente atentos !
Esse estado é chamado
viver com Deus !
Quando vivermos livres
de qualquer ponto de vista,
Virtuosos, com uma
introspecção perfeita,
Expulsos de nós os
desejos sensoriais,
Certamente não mais
voltaremos a qualquer novo ventre.
(Decoremos isto)
QUE TODOS OS SERES
ESTEJAM BEM E FELIZES !
O ódio não é pelo ódio
vencido
Somente pelo amor é
sufocado,
Esta é uma verdade
antiga
Até hoje ainda
inigualada.
O erro não cometas,
somente
Boas ações produzas !
Que o teu coração seja
puro !
Esta é a verdadeira
Doutrina
Ensinada por todos os
Budas
Que para sempre
perdura !
O Perfeito Talismã
Este é um Sutra
(Sermão) que foi pregado por Buda para um grupo de monges que havia ido a uma
floresta perto dos Himalaias para meditar.
Eles se queixaram que
os espíritos da floresta os havia perturbado; Buda exortou-os a irradiar bons
pensamentos e seguir o caminho explicado no Sutra. Voltaram os monges para a
floresta e, seguindo as instruções de Buda, constataram que não havia mais
perturbações.
Este Puja é feito para
ser carregado nas carteiras, bolsas, pastas escolares. Dentro em pouco ele se
tornará um companheiro e um objeto de real utilidade. E assim um Estado de Paz
e de Felicidade será alcançado.
Leia-o com frequência.
Estude-o. Medite em seu conteúdo. Reflita no significado das palavras. Pratique
os Ensinamentos.
Recitá-lo como uma
oração antes de provas, concursos e quaisquer outros problemas ou questões é um
excelente calmante.
É a energia iluminada
de Sidarta Gautama, o Buda fluindo para abençoá-lo. Você pode também fazer a
leitura em voz alta ou silenciosamente dedicando-a a uma pessoa que esteja
necessitando de cura, de orientação, encorajamento, encaminhamento, nas crises
domésticas, entrevistas profissionais, concursos, para quem está com depressão
etc. Pode também ser lido em memória de um ente falecido. Você pode marcar um
horário e diariamente recitá-lo. O campo e a egrégora que se formam são
magníficos.
Boa Sorte ! Boas
Energias ! Boas Luzes ! Iluminação é Luz ! Buda é Luz !
A vibração positiva,
os fluidos construtivos dessas palavras tem 2550 anos. Ao longo desse tempo
bilhões e bilhões de pessoas vem recitando com fé e devoção, por isso é
conhecido como um ótimo Talismã.
Transmitido pelo Ven.
Piyadassi Maha Thera, monge budista do Sri Lanka, já falecido, que nos anos 60
visitou o RJ.
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