sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Poética sobre o Butão



Montanhas da Minha Terra

Antonio Carlos Rocha*

Ai ! como é bonita a minha Terra !
No meio das montanhas, repleta de montanhas
Rios correndo como a vida,
Árvores em profusão como os pensamentos.

Nas partes mais altas
Construíram mosteiros, santuários, templos
Locais sagrados de peregrinação e habitação.

Uns moram lá, outros moram perto
E outros visitam nas datas festivas.

No seu interior, existem riquezas insondáveis:
Cavernas, eremitérios, altares;
Tudo para render homenagem à fé (budista)
Que brota como o ar.

Montanhas da minha Terra, Butão
Meu pequenino coração
Comove-se ante o esplendor da sua fé (em Buda)
E a minha mente torna-se um botão
De flores, das muitas flores
Que nascem e renascem
Na luxuriante vegetação.

Butão, meu botão
Terra das mais priscas eras;
Tão antiga quanto é este mundo.

O tempo passa,
O planeta muda e você fica
Como um farol da fé (no Darma)

Guiando os caminhantes,
Ensinando os transeuntes
Orientando os sequiosos de saber.

Butão, botão
Eu sou o Dragão,
Que você mesmo criou.
 

(*) páginas 128 e 129 do livro “O Poder do Dragão – Proteção e Sabedoria no Budismo”, editora Espaço e Tempo, 1993.


Nenhum comentário:

Postar um comentário