Montanhas da Minha
Terra
Antonio Carlos Rocha*
Ai ! como é bonita a
minha Terra !
No meio das montanhas,
repleta de montanhas
Rios correndo como a
vida,
Árvores em profusão
como os pensamentos.
Nas partes mais altas
Construíram mosteiros,
santuários, templos
Locais sagrados de
peregrinação e habitação.
Uns moram lá, outros
moram perto
E outros visitam nas
datas festivas.
No seu interior,
existem riquezas insondáveis:
Cavernas, eremitérios,
altares;
Tudo para render
homenagem à fé (budista)
Que brota como o ar.
Montanhas da minha
Terra, Butão
Meu pequenino coração
Comove-se ante o
esplendor da sua fé (em Buda)
E a minha mente
torna-se um botão
De flores, das muitas
flores
Que nascem e renascem
Na luxuriante
vegetação.
Butão, meu botão
Terra das mais priscas
eras;
Tão antiga quanto é
este mundo.
O tempo passa,
O planeta muda e você
fica
Como um farol da fé
(no Darma)
Guiando os
caminhantes,
Ensinando os
transeuntes
Orientando os
sequiosos de saber.
Butão, botão
Eu sou o Dragão,
Que você mesmo criou.
(*) páginas 128 e 129
do livro “O Poder do Dragão – Proteção e Sabedoria no Budismo”, editora Espaço
e Tempo, 1993.
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